Casa
Cerca viva substitui muros e agrega charme
Tendência no paisagismo, cercamento também pode ser feito com espécies de árvores frutíferas, trazendo funcionalidade ao jardim
Por Redação
23 de maio de 2021, às 10h13
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/revista-l/casa/cerca-viva-substitui-muros-e-agrega-charme-1502034/
Uma ótima alternativa para circundar terrenos são as cercas vivas. Diferente de materiais brutos como cercas de arames, telas, grades e muros de alvenaria, as cercas vivas dão mais verde, frescor, charme e beleza ao ambiente, além de terem várias opções de plantas, das mais em conta, até as mais caras e sofisticadas, algumas com baixa manutenção e outras mais exigentes.

Segundo a paisagista Nãna Guimarães, a cerca viva é escolhida de acordo com a função ou a necessidade da área de implantação. “Inúmeras são as finalidades da cerca viva: ornamenta, quebra-vento, delimita espaços e cria áreas sombreadas, define caminhos, cerca jardins e esconde objetos, ou alguma intervenção na arquitetura, entre outras”, explicou a paisagista.
De acordo com Nãna, as plantas tradicionais que são usadas para fazer o cercamento como Bambu, Cedrinho, Hibisco e arbustos topiados, estão dando lugar para as árvores frutíferas de pequeno porte como Acerola, Pitanga, Amora e Jabuticaba. “A estética está dando espaço a funcionalidade nos jardins. Mais do que contemplar, atualmente as pessoas querem viver intensamente esse espaço e nada mais gostoso do que colher uma fruta docinha direto do pé”, disse Nãna.
Para a paisagista, um dos pontos mais interessantes desse tipo de cerca viva é a confraternização e a interação com as pessoas mais próximas. Familiares e vizinhos podem se reunir para desfrutar das delícias produzidas aos montes e sem agrotóxico. Um ato simples, nutritivo, divertido e um incentivo as crianças para criarem hábitos mais saudáveis e entender a importância de preservar a natureza.
Outra vantagem no uso dessas espécies é o fato dela ser de fácil plantio, pois são plantas que desenvolvem rápido, se adaptam a vários tipos de solo, são de fácil poda e, o mais importante, produzem bastante.
“Definido o local de plantio, basta adubar a terra e regar regularmente e logo teremos deliciosos frutos para se deleitar, fazer sucos, distribuir para vizinhos e familiares. Uma fartura e tanto!”, explicou a paisagista.
Mas, para que esse objetivo seja atendido de forma satisfatória, é preciso planejamento. “Para se fazer uma cerca viva é preciso avaliar o terreno e o espaço disponível para escolher a espécie certa a ser plantada de acordo com a área, o solo e a necessidade do cliente, por isso a contratação de uma paisagista é fundamental”, concluiu Nãna.
Equipamentos de segurança
Câmeras para videomonitoramento, cercas elétricas e sensores podem conviver em harmonia com os jardins quando previstos desde os projetos de paisagismo. O cuidado ajuda a evitar problemas como folhas tampando a visão dos equipamentos, cercas vivas danificando cercas elétricas e sensores em “alarmes falsos”.
O alerta é da Lígia Ribeiro, proprietária da empresa de segurança patrimonial New Force, de Santa Bárbara d’Oeste.
“Quando começar a fazer o projeto de paisagismo, elaborar também um projeto de segurança para facilitar o andamento das instalações e não atrapalhar a visão das câmeras”, orienta.
Dentro ou fora de casa, as plantas também podem causar o disparo de alarmes, exigindo a atenção dos moradores quanto à sua localização. “Um sensor de movimento pode disparar com as plantas, e muitos dos nossos disparos são falsos por conta das flores quando balançam”, comenta.