Anuário Casa
Energia solar: sustentável e econômica a longo prazo
É possível obter o retorno financeiro do valor investido num período entre três anos e três anos e meio
Por Natália Velosa
27 de fevereiro de 2022, às 10h39 • Última atualização em 10 de março de 2022, às 19h01
Link da matéria: https://dev.liberal.com.br/revista-l/casa/energia-solar-sustentavel-e-economica-a-longo-prazo-1715203/
O investimento em uma usina solar fotovoltaica pode até assustar de início, mas o benefício a longo prazo é inegável. A alternativa, que tem se tornado uma opção pelos altos preços da conta de energia elétrica, é uma escolha
sustentável e econômica.

O engenheiro e diretor comercial da Inntag, Márcio Borges, explica que é possível obter o retorno financeiro do valor investido na instalação dos painéis de placas solares num período entre três anos e três anos e meio.
A vida útil de uma usina solar fotovoltaica é de no mínimo 20 anos. “O cliente olha o valor do investimento, mas na realidade ele está comprando três anos de energia para levar vinte”, diz.
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O engenheiro explica que há vários fatores a se considerar que influenciam na produção energética das placas solares. O primeiro é a orientação geográfica. Cada região tem uma capacidade solarimétrica: quanto mais próximas da linha do equador, mais as placas vão produzir energia e menos placas serão necessárias para instalação.
Outra condição, segundo o engenheiro, é a angulação. Com pouca inclinação, a placa perde a capacidade de geração, assim como também pode perder com muita inclinação. O ideal é estar na mesma proporção da latitude dela. Se a latitude da casa é 21º, então a angulação deve ser 21º.
Dicas do profissional
Quando instalo uma usina fotovoltaica, eu ainda preciso pagar pelo consumo da energia elétrica?
Sim, mas só a taxa mínima, independente do quanto consumir. A norma atual diz que clientes com ligação monofásica precisam pagar o mínimo de 30 kWh, o que hoje gira em torno de R$ 27 a R$ 30. O cliente bifásico paga o mínimo de 50 kWh, que resulta em um valor entre R$ 46 e R$ 47. Já o cliente trifásico, que é o caso de condomínios, comércios e pequenas indústrias, paga 100 kWh, uma faixa de R$ 80 a R$ 82. Vale lembrar que a conta de energia elétrica do cliente trifásico normalmente é na faixa de R$ 1 mil.
Como é feita a adequação da usina em telhados já construídos?
O mais indicado é colocar as placas com orientação para o norte. Mas, se um telhado não tem a orientação certa, instala-se onde está e será compensado na aplicação de mais placas solares. Alguns preferem colocar uma estrutura em cima do telhado para poder inverter a placa, mas não é indicado. O telhado não foi dimensionado para aguentar essa estrutura e conforme o vento bate na placa, pode acontecer de arrancar tanto a estrutura da usina como o telhado.
É possível o cliente ter acesso ao consumo e economia da usina?
Sim. Hoje se instala um aplicativo em que é possível verificar o quanto você consumiu de energia e o quanto a solar supriu. O cliente também tem acesso a quanto já gerou de economia desde quando as placas foram instaladas e o quanto de retorno financeiro a usina devolve ao mês.
Fonte: Márcio Borges, engenheiro e diretor comercial da Inntag