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Celebridades

Humor particular

No comando da disputa cômica “Do Que Riem?”, Maurício Meirelles defende mais programas de “stand up” na tevê

Por Geraldo Bessa - TV Press

01 de agosto de 2023, às 21h47 • Última atualização em 01 de agosto de 2023, às 21h48

Maurício Meirelles é um apaixonado por stand up comedy. Com microfone na mão, muitas ideias na cabeça e grande habilidade de se renovar, ele viaja o país com espetáculos de grande apelo popular, mas vai modificando a apresentação de acordo com a plateia ou a região em que se apresenta. É esse lado mais vivo e mutante do humor que o deixa empolgado com o posto de apresentador do “Do Que Riem?”, novo humorístico do Comedy Central e do Paramount+. A produção mostra os humoristas Jhordan Matheus e Babu Carreira em uma competição que tem como objetivo arrancar mais gargalhadas de plateias formadas inteiramente por grupos específicos, como: médicos, fisicultores, cabeleireiras e seguranças, entre outros. “Como apresentador, em vez de trazer textos, tive a possibilidade de tirar informações preciosas do público. A partir disso, Babu e Jhordan criaram suas piadas baseadas nestes universos. O resultado é surpreendente, pois cada plateia reage de um jeito. O humor chega nas pessoas de forma muito peculiar”, avalia.

Natural do Rio de Janeiro, Maurício estreou na tevê como redator e repórter do extinto “Legendários”, da Record, em 2010. No ano seguinte, transferiu-se para a Band e tornou-se mais conhecido do público ao integrar o “CQC – Custe o Que Custar”, onde ficou até o final do programa, em 2015. Com passagens também pela Globo, Netflix e, mais recentemente, pela Rede TV!, ele ainda mantém uma frutífera carreira no cinema e no teatro. “Sou do tipo que se entrega ao trabalho e um convite foi puxando outro. Tenho orgulho da carreira que estou construindo. Não quero mudar o mundo, quero apenas fazer as pessoas rirem e me divertir ao longo deste processo também”, ressalta.

Você já se envolveu com diversos formatos de programas de tevê. Qual o lugar do “Do Que Riem?” na sua trajetória?

O grande barato desse programa é ser de stand up, que é a origem do meu humor. Já fiz talk-show, trabalhei em produções coletivas como o “Pânico” e o “CQC”, mas é a primeira vez que faço uma produção televisiva baseada nesse formato que amo muito e que carece de mais espaço na televisão.

Essa é a visão de um apaixonado por essa vertente do humor ou você acha que existe público carente deste tipo de produção?

As duas coisas (risos). A adaptação para a tevê não é fácil, o vídeo exige mais recursos técnicos para chamar a atenção e fidelizar o público. Mas o stand up é um formato que explode na internet, com muita visualização e muitos comediantes talentosos. As empresas de streaming, por exemplo, que estão mais próximas desse público que gosta de consumir entretenimento sob demanda, têm seus especiais de comédia.

Cada episódio do “Do Que Riem?” mira um tipo específico de audiência. É uma tática para criar um diferencial?

Sim, mas também para criar identificação com o público e não ficar repetitivo. A competição quer arrancar gargalhadas de plateias segmentadas. Então, temos episódios dedicados aos profissionais da medicina, avós, galera da academia, cantores sertanejos, garçons. É muito divertido ver esse público rindo de si mesmo, sem se levar tão a sério.

Existe algum cuidado com o roteiro no sentido de evitar polêmicas que pudessem estragar o clima das gravações?

Não especificamente. O comediante não pode trabalhar com medo. É claro que ele tem de ter consciência do que vai falar, mas o medo trava. A comédia, por ser uma arte controversa, acaba caindo em várias bolhas diferentes. Não quero ser censurado e longe de mim censurar os colegas, mas é bom ter em mente que algumas pessoas vão reagir negativamente ao que você faz. Isso faz parte do jogo.

Existe algum tema que você evite ou até mesmo faça uma autocensura?

Tenho minhas particularidades. A morte é um assunto complexo para mim. Morreu alguém? Não vou mexer nisso pois é muito provável que alguém esteja de luto. Não quero ferir essas pessoas. A gente sabe que a piada pode pesar muito para quem ouve em momentos específicos. Existem outros temas bem sensíveis na sociedade, mas morte é o que eu realmente não gosto de abordar.

“Do Que Riem?” – Comedy Central – segundas, às 21h30. Episódios disponibilizados semanalmente na plataforma Paramount+.

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