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Celebridades

Questão genealógica

Explorar a paternidade foi o que seduziu Lincoln Tornado para fazer “A Infância de Romeu e Julieta”, do SBT

Por MÁRCIO MAIO - TV PRESS

08 de julho de 2023, às 12h09 • Última atualização em 08 de julho de 2023, às 12h10

Há determinadas características que chamam a atenção de um ator quando busca por novos personagens. Pode ser ter um pé na vilania, uma veia mais aventureira ou, em alguns casos, a oportunidade de experimentar novos sentimentos em cena. Foi exatamente esse o caso de Lincoln Tornado, o íntegro Enzo de “A Infância de Romeu e Julieta”, novela do SBT. Assim que fez o teste e foi aprovado para o papel, ele vibrou com a chance de dar vida a um pai de família pela primeira vez em novelas. “Eu sabia muito pouco da trama e do personagem, mas isso me estimulou muito na construção desse personagem”, entrega.

Na história assinada por Iris Abravanel, Enzo é um cara do bem, que se dedica com amor às funções de pai e marido. Formado em educação física, ele quer mesmo é trabalhar nessa área. Mas a necessidade financeira exigiu que ele aceitasse um trabalho na área contábil. “Só que, daqui a pouco, algo vai acontecer e mais uma porta se abrirá, gerando uma confusão. Chega! Não posso falar mais, é muito spoiler”, desconversa, aos risos.

Para sua preparação, Lincoln se jogou no que chama de “um mix de referências”. Mas não esconde que a verdadeira inspiração veio mesmo é de sua própria família. “Foi meu pai. Outras referências são do elenco de ‘Chaves’ e ‘Chapolin’, porque eram atores, alguns até com idade avançada, que conseguiam nos convencer que eram crianças e apresentar assuntos sérios, mas de forma leve”, explica. A intenção principal era mesmo a de conseguir alcançar o público-alvo do folhetim. “Sempre quis que o Enzo se conectasse com as crianças e adolescentes. Acho que estou conseguindo”, diz.

Do pai, o também ator Tony Tornado, que tem 93 anos e, atualmente, dá expediente como o simpático Frei Tomé de “Amor Perfeito”, Lincoln buscou principalmente o otimismo e o senso de humor. “Pode tudo estar um caos, que sempre tem aquele pensamento batendo na mente de que vai dar tudo certo”, defende. A experiência com o público infantojuvenil não chega a ser nova, mas tem sido uma redescoberta.

“Eu já havia feito teatro infantil. Na tevê, no entanto, só quando estreei, quando eu tinha 11 anos”, lembra ele, referindo-se a uma participação especial que fez na novelinha infantil “Caça-Talentos”, protagonizada por Angélica, na qual Tony interpretava o segurança Avalanche. “É um público que me estimula muito e nos dá um feedback praticamente instantâneo. Isso é maravilhoso, espero fazer mais trabalhos para esses telespectadores”, torce.

O interesse pelas artes cênicas veio desde pequeno, até mesmo pela influência que, indiretamente, recebeu do próprio pai. Só que, no meio do caminho, outros caminhos começaram a ser trilhados por Lincoln, que chegou a trabalhar como tenente do Exército e professor de Educação Física. “Mas não tem jeito. Sou artista mesmo, ator e cantor”, decreta.

Nome completo: Lincoln Hércules Tornado Vianna Gomes.

Nascimento: 28 de fevereiro de 1985, no Rio de Janeiro/RJ.

Atuação inesquecível: Como Jair Rodrigues em ‘Elis, a Musical’, dirigido por Dennis Carvalho.

Interpretação memorável: “Meu pai, Tony Tornado, como Gregório Fortunato na minissérie ‘Agosto’ (1993), na Globo”.

Momento marcante na carreira: “Em ‘Amor Eterno Amor’ (Globo, 2012), quando fiz o personagem Jair e também estava na trilha sonora da novela com a minha música, ‘Na Moral’”.

O que falta na televisão: “Programas para as crianças e musicais. Sei que hoje se busca tudo na internet ou nos streamings, mas acredito que isso acontece também por não ter na tevê aberta”.

O que sobra na televisão: “Reprises. É bom rever trabalhos passados, mas os novos me instigam mais. Tanto fazer, quanto assistir”.

Com quem gostaria de contracenar: Anthony Hopkins.

Se não fosse ator, seria: “Sou cantor. Então, estaria 100% envolvido com música. Se não fosse artista, aí seria treinador de basquete ou algo envolvendo esse esporte”.

Ator: Carlos Villagrán.

Atriz: Fernanda Montenegro.

Novela: “A Viagem”, remake de Ivani Ribeiro, de 1994, da Globo.

Vilão marcante: Carminha, papel de Adriana Esteves em “Avenida Brasil”, de 2012, de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo.

Personagem mais difícil de compor: Enzo, de “A Infância de Romeu e Julieta”. “Ainda não foi tudo ao ar, mas tem muitas coisas nessa história com as quais ele terá de lidar e, ao gravar, foi emocionante e desafiador. Fora que muitos vão se identificar”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Amor Eterno Amor”, escrita por Elizabeth Jhin. “É incrível e muito especial para mim”.

Que papel gostaria de representar: Pantera Negra. “Por toda a representatividade e pelos figurinos”.

Filme: “Central do Brasil”, de 1998, dirigido por Walter Salles e escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein.

Autor: João Emanuel Carneiro. “É um dos que mais sabem prender o telespectador à sua história”.

Vexame: “Eu jogando futebol. Derrota total”.

Mania: “De joguinho no celular. É quase uma regra para pegar no sono. E de assistir a tevê. Se não tiver uma ligada, eu fico triste”.

Medo: “Da morte dos meus entes queridos”.

Projeto: “Tenho um iniciando no segundo semestre, na minha página do Facebook. Serão diversos vídeos lançados exclusivamente ali. Fora isso, tem o longa ‘As Aparecidas’, que será lançado também no segundo semestre desse ano, e as participações em séries de streamings que irão ao ar, além de diversos shows com o meu pai, que faremos nos próximos meses”.

“A Infância de Romeu e Julieta” – SBT – Segunda a sábado, às 20h45, e cinco capítulos disponíveis todas as segundas-feiras no Prime Video.

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